O que vocês pensam sobre seu ambiente de trabalho? Se formos pensar bem, é lá que vivemos praticamente 1/3 de nossas vidas, portanto, eu encaro as pessoas com quem eu trabalho, como minha segunda família. Um dia desses eu falava com as meninas dizendo-lhes que dificilmente converso com minha irmã, afinal nossos horários nunca batem. Quando uma liga para a outra, pode apostar, é coisa importante! Não que eu não a ame profundamente, mas simplesmente porque os horários nos impedem de nos falarmos e olha que ela é minha única irmã! Acredito que quando me aposentar, isso venha a mudar, mas isso é uma outra história.
Hoje eu queria falar sobre as pessoas com quem eu trabalho, pois é com elas que eu divido toda a minha vida. Meus problemas, minhas dificuldades, minhas dúvidas, e, em contrapartida, sou também uma amiga para os momentos de dor e desespero que atingem a todos nós. Eu diria que todos eles, incluindo nossos chefes, são nossos colegas-família.
É engraçado como as coisas acontecem. Nada é premeditado, mas basta alguém estar em apuros que juntam-se as forças de todo o Gabinete em prol da colega-família que necessita de ajuda! Isso aconteceu quando meu filho estava na UTI e eu desesperadamente ligava para meus colegas-família, pedindo orações por ele e, acreditem, eu conseguia sentir todas as orações que faziam por meu filho. Todos eles, todos, sem exceção alguma, foram responsáveis pela força que me sustentou nos 10 dias de UTI vividos por minha primeira família.
Há oito meses, nasceu Carlinhos, filho de uma colega-família que atualmente está lutando pela sua vida numa UTI. Não tem um dia que passe sem que falemos dele ou da Re (sua mãe) . Somos um bando de tios e tias se desdobrando em orações para ter nosso Carlinhos de volta e nossa Re trabalhando novamente. Não tem como entrar em sua sala, ver sua mesa vazia e não sentir nada. Ela é um pedaço de nosso Gabinete que está faltando. Sua dor é a nossa dor. Teve momentos em que me vi chorando junto com a Celi (outra colega-família), ao ver que as notícias sobre nosso sobrinho não eram as melhores. Afetou a todos nós! Todos querem notícias da Re e do Carlinhos e acaba sempre se formando uma rodinha de amigas discutindo a melhor maneira de resolver o problema, mas é claro, não podemos fazer muita coisa, a não ser rezar pelos dois e tentar remediar a situação com o DRH.
Só que, como eu disse, nada é premeditado, tudo simplesmente acontece! Foi o que aconteceu em uma semana lá no Gabinete, e pasmem... A Re estava lá! Ela havia ido para preencher a sua ficha de avaliação que o DRH já estava nos cobrando desesperadamente. Nos poucos minutos em que esteve com as meninas lá no Gabinete, em uma das várias ligações para o Prefeito, surgiu uma da SPturis para a organização da feira da Natividade que ocorre no vale do Anhangabaú anualmente. Nessa ligação, a pessoa do outro lado da linha, casualmente estava ao lado do Padre Lício que sempre está presente em programas com a prefeitura. Nas despedidas o rapaz do outro lado da linha disse que o Padre estava mandando uma benção para elas e, como era de se esperar, a Maura respondeu que quem necessitava de benção era o Carlinhos, filho da Renata, que estava na UTI.
Imediatamente o Padre se deslocou para o hospital para abençoar o nenê! Consequentemente a Renata saiu também apressadamente com destino ao hospital para encontrar o Padre (para pânico do DRH, acabou levando a ficha de avaliação com ela, rsrs).
A Renata disse que a benção que o Padre fez foi simplesmente divina! Todos se deram as mãos e o Padre cariciosamente proferiu as palavras que todos precisavam ouvir tornando aquele momento único, regado de luzes, preces e bálsamo! Talvez um dos momentos mais importantes vividos pelo nosso pequeno Carlinhos!
Depois desse dia, o nenê começou a se alimentar novamente! Sempre que lembro disso, eu fico toda arrepiada!
Hoje ele está de alta! A Re voltou a trabalhar. Eu? Estou de férias! Mas contando os dias para voltar pois, se tem algo que me faz falta, são esses momentos mágicos vividos pela minha segunda família!
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