quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pollyana e o jogo do contente.

Esta semana lembrei do livro e do filme da Pollyana e seu famoso jogo do contente. Alguns flashes do filme passaram pela minha memória, mas não lembrava exatamente da história dela. Fui pesquisar no Wikipédia e novamente mais alguns flashes dispararam em minha mente. Lembrei da casa de minha avó que foi onde eu vi o filme. Devia ter uns 6 ou 7 anos. Achava a Pollyana uma menina boa e me entristecia ve-la sofrer.
No entanto seu "jogo do contente" serviu para dar alegria a muitas pessoas! Começo a pensar se eu não vivi todos esses anos com um pouco da Pollyana dentro de mim. Por mais difícil que seja minha situação, eu sempre procuro o lado bom de tudo e raramente alguem me ve reclamar da vida ou das provas que essa vida me fornece! No entanto sinto que nestes últimos dias eu estou fraquejando...
Ando cansada de sempre sorrir e tenho receio de poder estar a um passo de uma iminente depressão. Às vezes sinto como se o peso dos anos estivessem esmagando meu coração e, nesse momento, eu preciso escrever. Preciso colocar pra fora esse "algo" negativo que me oprime, que me sufoca! Não acho justo reclamar da vida para as pessoas que convivem comigo, mesmo porque nem todos foram feitos para ouvir como eu! E eu gosto de ouvir. Eu consigo aprender com o problema dos outros, por incrível que pareça. Cada um que desabafa comigo seus problemas, de uma certa forma me fortalece! É como se eu me conformasse ao ver que os meus problemas são tão pequenos.
Só que ultimamente eu nem sei quais são os meus problemas... Só sinto uma dor interna que oprime, aperta e me faz querer não fazer nada a não ser dormir, pois somente meus sonhos conseguem consolar meu coração... Quando acordo dos sonhos penso: "Que droga! Acordei!". Sonho com minha infância, com meus filhos bebês ainda, com meus pais, com café da tarde que tomávamos na casa de minha avó que chego a sentir o perfume do pó de café moido na hora lá na padaria Valparaizo onde eu comprava 250grms (1/4: era assim que eu pedia). Os pães estalando de tão quentinhos e as risadas das conversas desperocupadas que tinhamos entre nós! De repente: Acordo! E lá se vão os perfumes, os pães, os sons dos risos desaparecendo lentamente como um eco perdido no tempo.
Deus! Quanta saudade!