sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Quando me tornei espírita.

Outro dia estava conversando com um amigo meu. Falávamos sobre crenças, costumes e filosofias de várias religiões e seus seguidores. Em determinado momento, comentei que eu havia estudado em colégio de freiras desde o pré primário até o ginasial (hoje chamado de ensino fundamental). Foi quando ele me questionou de quando eu teria me tornado espírita. Naquele instante veio à minha lembrança, um fato que aconteceu quando eu tinha uns 9 ou 10 anos de idade, eu acho. E foi aí que caiu a ficha do exato dia em que comecei a questionar a vida, a morte, o poder de Deus e quem era esse tal de Deus!
Naquela época, nós (eu e minha irmã) íamos todos os finais de semana com meu pai, na casa de minha avó paterna conhecida como Santinha, mas seu nome mesmo era Ernestina Mariana de Paula Simões Evans. Uma adorável senhorinha de 1,50 de altura, cabelos lisinhos, curtos e branquíssimos. Lindos e amáveis olhos azuis! Ela era minha madrinha de batismo e eu amava aquela velhinha que sempre nos dava um dinheirinho e fazia guloseimas deliciosas que comíamos sob o olhar reprovador do Sr. Leonel (meu pai) tentando diminuir um pouco a nossa gula. Com ela vivia o "Lulu", um cãozinho lindo! Ele era muito gorducho! Tinha as perninhas curtas, mas era de um porte até que grande com longos pêlos brancos por todo o corpo e um focinho cumprido e gelado! Sempre que eu ia para a casa da Vó Santinha, eu pedia para passear com Lulu pela rua só para ver a alegria daquele cachorro. Só de ouvir a palavra "passear" ele começava a correr de um lado para o outro do corredor, apontando o final da cozinha para mostrar onde que estava a coleira que deveríamos colocar nele para sairmos. Ele ficava tão feliz de saber que íamos passear, que era um custo colocar a coleira naquela bola de pelos branca e inquieta. Por fim, quando conseguíamos pôr a coleira nele, lá íamos, eu e ele, passear pela rua em frente a casa de minha avó. Ele já era velhinho, se eu não me engano ele devia estar com mais de 13 anos de idade.
Um dia, meu pai atendeu uma ligação informando que o Lulu não estava bem. Alguns dias depois o Lulu faleceu. Eu chorei muito! Demais! Não conseguia conceber que aquele bichinho que eu idolatrava tinha ido embora e que eu jamais o veria novamente. Meu pai foi até a casa de minha avó e enterrou o Lulu no jardim da casa dela. Foi nessa tristeza que me levantei no dia seguinte para a escola. Eu estava na quarta ou quinta série, não lembro, mas sei que quem dava a aula era a irmã Gisela. Estávamos intretidos em uma tarefa que ela tinha nos passado, quando comecei a lembrar-me do Lulu, e meus olhos se encheram de lágrimas. Minha colega ao lado perguntou o que tinha acontecido e respondi que eu sentia saudades do Lulu que havia morrido. Nesse momento, uma tristeza imensa oprimiu meu peito e eu comecei a chorar literalmente. Não conseguia me controlar, tamanha a triateza que eu sentia. Quando a Irmã Gisela viu que eu chorava, chegou perto de mim e perguntou o que havia acontecido. Respondi que o cãozinho da minha avó havia morrido e eu estava triste. Foi quando ela respondeu "Você sabe que é pecado chorar por animais?". Minhas lágrimas secaram imediatamente, mas não por ter sido consolada, mas por sentir uma raiva muito grande de Deus! Eu perguntei para a irmã: "Então Deus não ama os bichinhos, irmã?". Ela não respondeu, virou e foi continuar a aula. Naquele dia eu não rezei.
No dia seguinte eu também não rezei. No terceiro dia eu rezei com raiva e lembro que minha oração foi mais ou menos assim: "Eu acho que deveria ter alguém mais forte que você viu Deus, para poder te perdoar por não gostar dos bichinhos. Amém!"
E foi a partir desse dia que comecei a questionar Deus, Jesus, perdão, pecado, céu, inferno, graça, eucaristia, culpa, confissão e outras coisas. Sempre que ia para a casa de minha vó Santinha, sentia uma dor no coração ao ver o jardim sabendo que o Lulu estava lá debaixo da terra. Minha avó, vendo minha trizteza, me mostrou um livro que hoje é conhecido por todos, o Livro dos Espíritos. Ela explicou que se tratava de respostas a perguntas feitas a espíritos sobre a vida lá no além e que o Lulu povavelmente estaria em algum outro lugar em espírito, que eu não deveria ficar tão triste e que o Lulu ficaria chateado de saber que eu estava deprimida. Cheguei a folhear algumas páginas daquele livro misterioso e escrito por "fantasmas", afinal essa era minha concepção de espíritos na época, e fiquei maravilhada pois no livro eles falavam sobre máquinas voadoras e outras que nós não conseguiríamos ainda entender em virtude de nossa pouca evolução. Durante umas duas semanas e fiquei pensando nisso até que resolvi falar com o Lulu. Numa noite eu me peguei conversando com ele e lhe disse: "Lulu, se o que a vovó falou for verdade, então você ainda existe. E, se você existir, por favor, me dá um sinal de que você está vivo! Amanhã eu vou até a vovó. Quando eu chegar lá você me mostra esse sinal?"
Eu tinha apenas uns 09 ou 10 anos. Mas acreditei fielmente que o Lulu tivesse me ouvido e que ele me daria um sinal de sua existência em outro plano.
No dia seguinte fui para a casa de minha avó com uma ansiedade enorme! Achava que eu veria o Lulu em algum lugar. Logo que cheguei comecei a andar pela casa a procura do sinal do meu amigo, mas não encontrava. Cheguei a ver ainda sua coleira pendurada na porta da cozinha como sempre e senti um pontinha de dor! Como percebi que meus olhos começaram a marejar, resolvi ir para o jardim para que ninguem me visse chorando, então eu reconheci o sinal! Bem aonde o Lulu estava enterrado, havia nascido uma flor linda! Aquela flor aqueceu meu coração de uma forma tão maravilhosa que percebi o quanto eu tinha sido injusta com Deus por ter acreditado naquelas palavras infelizes da Irmã Gisela. Agora eu acreditava que o Lulu estava vivo e estava bem. Mais tarde descobri que minha Vó Santinha era espírita, então me tornei espírita também. Foi mais tarde também que fiquei sabendo que meu avô Leonel (pai do meu pai), não só era espírita como também era muito querido pela vizinhança pelos remédios caseiros que cultivava no quintal e fornecia gratuitamente àqueles que o procurassem para aliviar sua dores.
Quando eu me lembro da Irma Gisela me falando aquelas palavras, não sinto raiva, pelo contrário, agradeço à ela por, de uma determinada forma, ter me fornecido as verdadeiras pistas para minha futura e atual crença nesse nosso Deus maravilhoso! Grande beijo à todos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mulheres juntas!!! Aguentem!

Cara! É muito engraçado... Bastam apenas alguns poucos minutos de "converse" no meio de amigas que começam as tiradas espetaculares! Fui comemorar o "niver" de duas amissíssimas lá na outra sala e os poucos 10 minutos que ficamos juntas, foi só gargalhadas! O assunto começou eu nem sei como, mas de repente estávamos falando sobre plásticas.... de plasticas o assunto pulou para mamografia, da mamografia para flacidez, de flacidez para lipoaspiração, da lipo para transplante para aumentar pênis.... aí, tivemos que desfazer a rodinha, pois o chefe chegou e eu fiquei curiosíssima para saber sobre essa história de implantar pênis! Uma falava que depois de uma certa idade não se pode dar "thauzinho", pois aparece a pelanca do braço balangandando de um lado para o outro. Foi aí que descobri a origem dos tabefes em meu rosto quando aceno para alguém! Outra mencionava aquela droga de exame de mamografia dizendo que a pessoa que lhe fez o exame perguntou se ela tinha silicone, pois seus peitinhos estavam "em cima"... se fosse comigo ela perguntaria do silicone mas para certificar-se de que o mesmo não estivesse estourado, vazado ou derretido em função da flacidez ABSURDA de meus peitinhos. Outra amiga chegou a perguntar-me se quando eu tirava o sutiã, sentia o frio do chão!... Só gargalhadas! Então surgiu a plástica para tirar as pelancas do braço e ficamos em dúvida se seria melhor ficar com a pelanca ou com a cicatriz! Não chegamos a um consenso! Foi quando outra amiga falou do Dr. Bervely Hills que informou que não existe plástica para a parte interior das coxas (ou seja, esses 10 quilos que gordura saturada que tenho no meio das pernas, permanecerão pelo resto de minha vida), nem plástica para homens abaixo da linha do umbigo! GENTEEEEEEE! Pergunta se não foi uma risada só???? Foi quando houve o esclarecimento: ABAIXO DA LINHA DO UMBIGO E ACIMA DOS GENITAIS, mesmo porque, existe a cirurgia de aumento do pênis onde colocam uma prótese que deixa o dito cujo mais avantajado, porém para baixo! FOI QUANDO O CHEFE CHEGOU E EU FIQUEI A VER NAVIOS! ISSO É HORA DE CHEFE CHEGAR? QUERO MAIS INFORMAÇÕES!!! FIQUEI CURIOSÍSSIMA! Beijos e todos!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Tudo de novo!

Ganhei um óculos escuros, um relógio, um boné! Também ganhei duas chucas, três necessaires, uma caixinha de chocolates os quais já comi toooodoooos! Alé disso tudo, ganhei 5 dias no Guarujá que foram muito bem aproveitados, dormindo e tomando sol. Também devo ter ganho uns 4 quilos a mais, mas não quis comprovar para saber se minhas suspeitas são verdadeiras... prefiro a ignorância! Ganhei um bronze light mesmo porque choveu na virada do ano e os poucos dias que tomei sol, me precavi bastante com protetor solar. Este foi o único ano em que não me acabei em lágrimas na virada do ano, coisa que geralmente acontece quando vou cumprimentar meus pais, filhos, irmã, cunhado e sobrinhos. Misteriosamente eu não me emocionei tanto! Meus olhos só marejaram ao abraçar um senhorzinho que veio me cumprimentar com seus olhinhos vermelhos de emoção. Dei-lhe um forte abraço e descobri que um abraço pode valer por mais de 10.000 palavras. Naquele abraço houve uma transmissão mutua de amor, alegria, compaixão e esperança. E não dissemos nada um para o outro. Lembrei de meus amigos! Lembrei do ano anterior e agradeci aos céus por tantas bençãos! Vi a alegria de meus pais e tentei não pensar em quantos anos a mais terei ao lado desses dois seres de luz que me acolheram como filha. Olhei a queima de fogos do topo da colônia de férias onde estava hospedada e fiquei sem palavras! Aquelas gotas douradas pareciam uma chuva de bençãos que eram derramadas sobre nós, tão pequenos viajantes desta jornada pela Terra! Uma coisa que não tem como descrever! Lá, do meio do mar, pulavam foguetes que se desmanchavam em mútiplas cores iluminando o mar no meio da escuridão da noite! Fabuloso! Não dava para pensar em mais nada a não ser agradecer! Muito! Agradecer várias vezes! Tudo estava perfeito! Minha família unida! Meus filhos ao meu lado! Champagne! Que mais eu poderia pedir? Só podia agradecer!
Hoje, dia 04 de janeiro de 2010! Comecei a trabalhar. Óbvio que estou com minha programação para 2010 e comecei bem o ano. Dispensei a faxineira e resolvi assumir minha casa e minha família de uma vez por todas. Vou cuidar das roupas, da alimentação, da limpeza e, principalmente, do orçamento. Hoje meu filho me elogiou pois eu já tinha lavado as roupas, desfeito as malas e arrumado o quarto. Fiquei inchada!!!!
Outra meta é fazer exercícios... e comecei hoje! Trabalhei as pernas e o abdomen, em casa mesmo. Meu filho fez uma relação de alguns exercícios e estou seguindo quase que religiosamente.
Resolvi levar minha vida um pouquinho mais a sério! Não que eu não a levasse a sério, mas eu admito que em muitas coisas eu lidava como uma moleca de 12 anos de idade.
Quero ousar mais! Lutar mais e ter mais coragem de enfrentar as diversidades, pois sou muito covarde às vezes!
Sonhos? Tenho, claro! Apesar de ter que parar um pouco para pensar em quais são... mas devo ter sim, com certeza... Quando lembrar deles eu volto para escrever...
Quando se é mãe, nossos sonhos ficam à merce de nossos filhos, por exemplo: "Quero que o Lucas arrume logo um emprego onde ele se realize", ou "Quero que o Tiago consiga realizar-se nos estudos e na faculdade". Tá! Ótimo! E eu? Quais são meus sonhos? MEUS! De Miriam Rose Evans!
É! Aí está algo para se pensar! Quando eu descobrir eu conto...