segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Adolescentes Rebeldes

Criar, educar e fazer de seus filhos dois homens de bem não é uma tarefa simples, principalmente para uma mulher separada, sozinha e sem o mínimo apoio de seu ex-marido. Admito que minha relação com meu ex é boa, mas também admito que ela só é boa porque não fico cobrando suas obrigações para com os meninos, pois se isso acontecesse, nossa relação seria péssima! Optei por ser feliz! Apesar das dificuldades, optei por ser feliz do que por brigar o que me causaria infelicidade. Como nem toda felicidade é plena, prefiro te-la nem que seja um pouco, do que não te-la de jeito nenhum e seria exatamente isso que aconteceria se eu cobrasse meu ex-marido pelas suas obrigações de pai. Assim, resolvi que tenho de ser mãe e pai, muitas vezes deixando minha própria vida de lado em função das crianças que a cada dia se tornam adultos... na maioria das vezes ingratos. Também percebi que por mais que eu queira, nunca serei perfeita aos olhos deles. Se eu fosse uma dona de casa exímia, coisa que não sou, eles encontrariam algum defeito em mim. Se eu fosse uma cozinheira de mão cheia, também arrumariam um defeito pra mim. Se eu fosse absolutamente amável com eles, me cobrariam limites. Se fosse radical e extremista, me cobrariam uma folga! Se fosse totalmente aberta em todos os assuntos, me cobrariam discrição e se fosse o contrário, me cobrariam sociabilidade e assim por diante. Hoje fiquei horas pensando em tudo que faço por eles e não sou reconhecida. Também não reconheci os esforços de meus pais, portanto isso deve ser uma característica da adolescência, dessa maldita transição que todos nós passamos nos achando os melhores em tudo e virando as costas para o mundo. Só que quando se é sozinha, o peso é muito maior! A dor não pode ser compartilhada com ninguém, pois não há alguém com quem se pode conversar, dividir, ter uma segunda opinião, sei lá! Tudo se acumula dentro de mim... às vezes transborda, é quando caem as lágrimas sem motivo aparente e sinto um pequeno alívio. Alívio suficiente para continuar mais um pouco até que transborde novamente.