quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Segunda Família!

O que vocês pensam sobre seu ambiente de trabalho? Se formos pensar bem, é lá que vivemos praticamente 1/3 de nossas vidas, portanto, eu encaro as pessoas com quem eu trabalho, como minha segunda família. Um dia desses eu falava com as meninas dizendo-lhes que dificilmente converso com minha irmã, afinal nossos horários nunca batem. Quando uma liga para a outra, pode apostar, é coisa importante! Não que eu não a ame profundamente, mas simplesmente porque os horários nos impedem de nos falarmos e olha que ela é minha única irmã! Acredito que quando me aposentar, isso venha a mudar, mas isso é uma outra história. Hoje eu queria falar sobre as pessoas com quem eu trabalho, pois é com elas que eu divido toda a minha vida. Meus problemas, minhas dificuldades, minhas dúvidas, e, em contrapartida, sou também uma amiga para os momentos de dor e desespero que atingem a todos nós. Eu diria que todos eles, incluindo nossos chefes, são nossos colegas-família. É engraçado como as coisas acontecem. Nada é premeditado, mas basta alguém estar em apuros que juntam-se as forças de todo o Gabinete em prol da colega-família que necessita de ajuda! Isso aconteceu quando meu filho estava na UTI e eu desesperadamente ligava para meus colegas-família, pedindo orações por ele e, acreditem, eu conseguia sentir todas as orações que faziam por meu filho. Todos eles, todos, sem exceção alguma, foram responsáveis pela força que me sustentou nos 10 dias de UTI vividos por minha primeira família. Há oito meses, nasceu Carlinhos, filho de uma colega-família que atualmente está lutando pela sua vida numa UTI. Não tem um dia que passe sem que falemos dele ou da Re (sua mãe) . Somos um bando de tios e tias se desdobrando em orações para ter nosso Carlinhos de volta e nossa Re trabalhando novamente. Não tem como entrar em sua sala, ver sua mesa vazia e não sentir nada. Ela é um pedaço de nosso Gabinete que está faltando. Sua dor é a nossa dor. Teve momentos em que me vi chorando junto com a Celi (outra colega-família), ao ver que as notícias sobre nosso sobrinho não eram as melhores. Afetou a todos nós! Todos querem notícias da Re e do Carlinhos e acaba sempre se formando uma rodinha de amigas discutindo a melhor maneira de resolver o problema, mas é claro, não podemos fazer muita coisa, a não ser rezar pelos dois e tentar remediar a situação com o DRH. Só que, como eu disse, nada é premeditado, tudo simplesmente acontece! Foi o que aconteceu em uma semana lá no Gabinete, e pasmem... A Re estava lá! Ela havia ido para preencher a sua ficha de avaliação que o DRH já estava nos cobrando desesperadamente. Nos poucos minutos em que esteve com as meninas lá no Gabinete, em uma das várias ligações para o Prefeito, surgiu uma da SPturis para a organização da feira da Natividade que ocorre no vale do Anhangabaú anualmente. Nessa ligação, a pessoa do outro lado da linha, casualmente estava ao lado do Padre Lício que sempre está presente em programas com a prefeitura. Nas despedidas o rapaz do outro lado da linha disse que o Padre estava mandando uma benção para elas e, como era de se esperar, a Maura respondeu que quem necessitava de benção era o Carlinhos, filho da Renata, que estava na UTI. Imediatamente o Padre se deslocou para o hospital para abençoar o nenê! Consequentemente a Renata saiu também apressadamente com destino ao hospital para encontrar o Padre (para pânico do DRH, acabou levando a ficha de avaliação com ela, rsrs). A Renata disse que a benção que o Padre fez foi simplesmente divina! Todos se deram as mãos e o Padre cariciosamente proferiu as palavras que todos precisavam ouvir tornando aquele momento único, regado de luzes, preces e bálsamo! Talvez um dos momentos mais importantes vividos pelo nosso pequeno Carlinhos! Depois desse dia, o nenê começou a se alimentar novamente! Sempre que lembro disso, eu fico toda arrepiada! Hoje ele está de alta! A Re voltou a trabalhar. Eu? Estou de férias! Mas contando os dias para voltar pois, se tem algo que me faz falta, são esses momentos mágicos vividos pela minha segunda família!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Para meus filhos!

Outro dia, eu fiz um vídeo para meus filhos: Lucas de 17 anos e o Tiago de 15 anos. Fiz este vídeo para eles como uma homenagem para encerrar um período de suas vidas e o recomeço de nova etapa, ou seja, de crianças eles passam a ser quase adultos. Dia 12 de outubro passou, mas ainda neste ano resolvi presentear os dois. Apenas o Lucas lucrou, pois o presente do Tiago deu inúmeros problemas e ele acabou ficando sem, por enquanto. Quando eu me reestabelecer financeiramente, cumprirei esta última etapa de suas vidas e, logicamente, de minha vida também dando o presente que havia prometido.Na maioria das vezes, nós, mães, ficamos tão entretidas em sustentar materialmente nossos filhos que nos esquecemos de sustentá-los espiritualmente, emocionalmente. Hoje eu me pergunto se eles tem alguma noção do quanto são amados por mim! Se eles realmente imaginam o enorme amor que tenho em meu coração por suas vidas e o quanto suas vidas são preciosas para mim, apesar de todos os seus erros, suas falhas, suas respostinhas malcriadas que eu tanto recrimino. Que eu os perdôo por tudo! E que nada do que eles fizeram ou vierem a fazer, será motivo para que eu deixe de amá-los.A vida às vezes nos prega umas peças que não são nada divertidas. Quando alguém com quem convivemos perde sua mãe, nós sofremos com ele! Querendo ou não, pensamos instintivamente em nossas próprias mães e nos pegamos fazendo comparações de idades, doenças, para percebermos finalmente que todos nós viveremos essa perda mais dia ou menos dia. Damos graças por a termos ao nosso lado ainda, enquanto outros se compadecem ainda mais pelos sentimentos já vividos infelizmente.
Eu, na qualidade de mãe a também de filha, penso que se a minha mãe partisse, seria inevitável me recriminar achando que eu poderia ter feito mais por ela do que fiz até hoje. Mas tenho certeza que na qualidade de uma mãe simplesmente maravilhosa, ela jamais me diria isso.
Por este motivo deixo registrado aqui para meus filhos, que tudo o que eles fazem e continuarão fazendo por mim é, com certeza, o suficiente para uma vida inteira! Nunca permitam que a dúvida semeie seus corações!
Viver o hoje como se fosse o único, o último! Não é fácil, mas nunca é tarde para se tentar!
Mãe, eu amo muito você! E sei que você nunca se esquecerá disso!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Infeliz idéia!

Neste exato momento estou pensando numa forma rápida e indolor de morrer. Algo simples como um trilho de metrô, uma tiro na nuca, uma queda do 15º andar de um prédio, enfim, algo rápido e indolor, ou quase indolor. Também estou me questionando sobre uma maneira fácil de assassinar algumas jovens amigas que me deram a maldita idéia de fazer um blog! Uma, em particular, que estava louca para saber sobre a história da marmita.
Nenhuma delas me avisou que este maldito blog poderia ser acessado por TODO MUNDO! Principalmente por MEUS CHEFES! Cada vez que penso nisso minha espinha gela e meu rosto esquenta! Isso não é um mico, e sim um bando de macacos, gorilas, chinpanzés, leão dourado, orangotango (nem sei se isso é macaco, mas se for, tá dentro) e outras espécies que nem sei se existem!
Gente! Eu quero morrer! MOOOOORRRRRRRREEEEEERRRRRRRR!
Hoje logo pela manhã, depois de ter que alterar o horário de uma audiência para meu chefe por três vezes (para a alegria dele, eu imagino!), fui solicitada a comparecer em sua sala. Chegando lá ele educadamente me pediu para confirmar um endereço anotado em um papelzinho marrom reciclado e pequeno, mas grande o suficiente para conter o nome completo DESTE MALDITO BLOG QUE EU INVENTEI!!!!!!!!! Sentado à sua frente, meu outro chefe, com um sorrisinho devastador no rosto enterrado em um jornal me olhando discretamente sobre seus óculos e analisando meu comportamento que na hora foi só o de gaguejar feito uma cracatua afônica!
Eu implorei! Juro! Eu implorei para ele não entrar neste blog, mas vai convencer um escorpiano a não fazer algo! Em poucos segundos que me pareceram uma eternidade, eu vi as fotos de meus gatos que eu postei há alguns dias e, com a educação de um Lord, fui convidada a me retirar da sala deixando-os (ambos meus chefes) com este rol de contos idiotas que eu tive a infelicidade de escrever!
Ainda são 12:42 e eu daria tudo para que fosse 15:59 assim eu iria para casa me entupir de vinho para sofrer um coma alcoólico e só acordar depois de 04 anos!
Fui!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Homenagem aos meus três gatos.

Outro dia estávamos falando de animais lá no serviço. Minha amiga comentou de uma pessoa que havia perdido sua cadela Beagle num atropelamento e o quanto foi difícil para ela passar por isso. Lembrei dos meus gatinhos. Curiosamente nesse mesmo dia, meu filho perguntou se o Sebastian (para quem não sabe, Sebastian é o nome do gatinho viralatas de 2 meses que adotei há mais ou menos 1 mês) agora seria meu gato predileto. Olhei profundamente em seus olhos e disse: "Se um filho morrer, não existe outro filho que consiga substituir aquele que se foi! O amor não se divide nem é substituído. Ele apenas multiplica! Soma! Entendeu?", foi o bastante para que ele entendesse. Em 2006 eu vivia cercada de três gatinhos. O Cristal, um gatinho viralata preto e branco peludo com olhos verdes que tinha 06 anos. O Bingo, outro gatinho viralata cinza malhado com olhos verdes também e com 03 anos e o Xinho, um gatinho angorá (não era viralata) amarelo e branco que tinha 15 anos (o mais velhinho de todos). Cada um deles tinha uma característica diferente. Os três dormiam comigo na cama. O Cris, sempre dormia do lado esquerdo nos pés da cama, o Bingo dormia em cima de mim no meio das minhas pernas sobre o cobertor e o Xinho ficava do lado direito mais próximo à cabeça. Foi em Junho de 2006 que tive que abrir mão dessas criaturas tão amadas! Diz um ditado que "Chorar por alguem que está morto, não é tão triste do que chorar por alguem que vive, mas que perdemos para sempre", e isso é muito real. Perder o que se ama por alguem que também se ama e muito! Este foi um dos momentos mais difíceis de toda a minha vida! De um lado meu filho internado na UTI do Hospital 9 de Julho em coma e entubado. Do outro, meus três gatinhos, verdadeiros companheiros de minha jornada tendo os dias contados dentro de minha casa. Das duas vezes que estive em casa durante a internação, eles nem imaginavam que teriam de deixar a minha casa , a casa deles. Isso me doía fundo na alma, pois, apesar de tudo, eles ainda me amavam, me acarinhavam, me lambiam sem nem sequer imaginar que dentro de uns dias jamais me veriam novamente e nem eu à eles! Fiquei sabendo que o Xinho faleceu. Até hoje me pergunto se ele não estaria vivo caso ainda vivesse comigo. Quanto ao Cris e ao Bingo, eu não sei! Tenho medo de perguntar e saber que ambos morreram também pois com certeza meu coração não aguentaria o peso da culpa por te-los deixado. Jamais o Sebástian poderá substituir minhas três vidas que se foram! Ele é apenas mais uma vida que começa a pulsar em meu coração. Quanto aos outros, só peço à Deus todas as noites que tome conta deles e não os deixe sofrer! Deixe que o sofrimento fique em mim, pois eu sei que posso aguentar, não eles!
Mi

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A marmita

Eu sempre trabalhei a maior parte de minha vida em Banco onde havia um excelente refeitório que fornecia almoço para seus funcionários com direito a sobremesa, é claro. Infelizmente ou felizmente, não sei bem ao certo ainda, minha vida tomou outros rumos que me fizeram deixar o banco onde trabalhava e partir para novos desafios. Fiquei alguns anos trabalhando em um instituto de Parapsicologia que também fornecia almoço para os funcionários e finalmente prestei um concurso público e fui trabalhar na Prefeitura de São Paulo que não fornecia almoço para seus funcionários. Começou então, uma nova etapa em minha vida de servidora pública! Foi em meados de junho de 2003 que comecei a trabalhar no Palácio das Indústrias, próximo à estação de metrô D. Pedro (quando eu falo próximo significa que tinha que se andar mais ou menos uns 15 minutos até o Palácio, viu?). Nessa época eu sofria de um problema chamado "Mal Perfurante Plantar", ou seja, uma pequena abertura na sola do meu pé esquerdo que não cicatrizava de jeito nenhum (NÃO! NÃO SOU DIABÉTICA SE É O QUE VOCÊS PENSARAM TÁ?), o que me obrigava a andar sempre com o pé esquerdo enfaixado pois ele frequentemente sangrava e era obrigada a usar uma sandália especial com piso de calcanho. Trata-se de uma sandália especial, nem um pouco fashion, que me forçava a apoiar o pé com meu calcanhar para que a ferida não tocasse no chão. (isso teóricamente, é claro, porque na prática é bem diferente). Bem, se com meus dois pés perfeitos eu já sou desequilibrada, imagine com um pé malacabado! Enfim, eu caminhava sempre "devagar quase parando", para evitar desastres o que seria inevitável caso eu resolvesse apressar o passo. Bem, lá no palácio e ocupando minha nova função de Assistente Administrativa, descobri que havia um refeitório para o almoço dos funcionários, mas fiquei terrivelmente frustrada ao ver que ele se resumia a uma mesa e algumas cadeiras o que me obrigaria a levar marmitas para o serviço. Isto posto, resolvi que deveria providenciá-las para os próximos dias que se somaram em 3. Foram três dias levando marmita para nunca mais na minha vida inteira incluindo as próximas 54 encarnações futuras nunca mais levar! Comprei uma vasilha de plástico nessa lojinhas de R$1,00 que fosse num tamanho razoável que coubesse minha refeição com folga. Arrumei uma sacola pequena de papelão para acomodar a marmita de forma que não me atrapalhasse com as mãos caso eu precisasse delas uma vez que os pés já não eram muito confiáveis. Por dois dias seguidos, não tive problema algum com minha marmita, mas no terceiro... Logo pela manhã percebi que chovia aos cântaros! Lá vou eu com minha sandália fashion, bolsa, sacola com marmita e guarda chuva para o ponto de ônibus. Já no ponto, fechei o guarda chuva que estava ensopado e coloquei-o na sacola de PAPELÃO junto com minha marmita. Dá para ter uma pequena idéia do que aconteceu? Bem, continuando. Chegando na estação D.Pedro, desci do metro com aquela agilidade fantástica de uma "perneta bêbada" e me dirigi para as escadas rolantes. Graças a Deus eu era uma das últimas a pegar a escada, atrás de mim havia mais duas pessoas. Quando dei um passo para o degrau da escada rolante, meu pé escorregou e dei um tranco na sacola que imediatamente abriu o fundo molhado por causa do MALDITO GUARDA CHUVA fazendo com que minha marmita desse um salto aeróbico para cima de mim causando uma cena emocionante: uma chuva de arroz, feijão, batatas, pedaços de linguiça e um ovo frito! Misteriosamente as pessoas que estariam atrás de mim desapareceram! Neste momento eu não sabia se pegava o guarda chuva, a tampa da vasilha, a vasilha, ou se voltava e me jogava nos trilhos do metrô! Detalhe: A escada rolante, rola, concordam? Ela não pára só porque uma idiota deixou cair tudo em cima dela! Por este motivo meu desespero foi maior pois tinha medo que a vasilha, ou a tampa, ou o guarda chuva prendessem no final na escada, uma vez que o ovo frito já estava quase sendo devorado pelas engrenagens da escada rolante mutante do inferno! A comida começou a amontoar no ultimo degrau da maldita escada. As batatinhas dançavam conforme a escada rolava. Não me lembro exatamente como eu consegui pegar os apetrechos antes de sair da escada infernal e ainda dar uma última olhada para poder me despedir do ovo frito que foi subitamente engolido pelo monstro! Até hoje me pergunto para onde foram as duas pessoas que estavam atrás de mim! Provavelmente elas optaram em ir pela escada fixa que seria muito mais seguro naquela hora! Saí da estação tirando os grãos de arroz e feijão que ficaram grudados no meu cabelo e prometendo a mim mesma que nunca mais viveria uma situação igual àquela. Quando cheguei ao palácio me dei conta de que ainda estava segurando a sacola furada e carregando a vasilha, a tampa e o guarda chuva pois havia parado de chover. .....pelo menos isso, né? Beijos Mi

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Novo e Velho

Quando eu era pequena, lembro-me que as passagens de ano aconteciam na casa de minha avó acompanhada de todos os familiares mais próximos como meus tios, primos e bisavós. Era uma grande festa que reunia uma grande quantidade de parentes na despedida do "Ano Velho" para a chegada do "Ano Novo". Nos segundos que antecediam a chegada no "Ano Novo", minha bisavó aprontava um verdadeiro rebuliço! Abria a porta da frente da casa e saía gritando: "Vem Ano Novooo! Entra! Seja Bem vindo!" ao mesmo tempo que corria abrindo a porta dos fundos com outra gritaria: "Vai embora Ano velho! Seu tempo acabou! Vai embora!!" e assim sucessivamente até alguns minutos depois na meia noite quando finalmente fechava a porta dos fundos e dizia: "Pronto! Agora que o Ano Velho foi embora, a gente fica com o Ano Novo!". Lembro que na minha mente de uma criança de 4 anos, o "senhor Ano Velho" e o "senhor Ano Novo" estavam personificados na imagem de anjos ou espíritos que, de alguma forma, faziam parte de nossas vidas durante um ano inteiro e me causava uma tristeza imensa ver o "senhor Ano Velho" ser enxotado de casa como se ele não prestasse para mais nada. Obviamente eu caía num pranto convulsivo, pois me apiedava do "pobre senhor Ano Velho" que ia embora triste e solitário. Nessas horas minha mãe me carregava no colo dizendo que era só uma brincadeira, mas não me convencia. Eu dizia: "porque expulsar o senhor Ano Velho desse jeito? Não podemos apenas dar um tchauzinho e deixar ele ir em paz? Assim desse jeito ele vai embora triste e ele é velhinho, não se pode deixar os velhinhos tristes!". Também sentia uma grande raiva do "senhor Ano Novo" que chegava cheio de festas e glamour se sentindo a mais fabulosa das criaturas! Até hoje eu me emociono com a saída do "senhor Ano Velho" e a entrada do "senhor Ano Novo" por lembrar da ingenuidade das crianças e o quanto as palavras podem nos marcar. Nas passagens de ano procuro sempre agradecer ao "senhor Ano Velho" por tudo o que "ele" me deu com seus ensinamentos, aprendizados, muitas vezes difíceis de entender, mas gratificantes quando compreendidos. Também não amaldiçôo mais o "senhor Ano Novo", pelo contrário, lhe dou as boas vindas e coloco em suas mãos todos os melhores sentimentos, pois sei que um dia ele ficará velho, e terei de despedir-me dele também, afinal, até os anos envelhecem não é mesmo?! Compartilho com vocês esta parte de minha estória na esperança de que o "senhor Ano Novo" traga a todos muitas bênçãos, como sempre as trouxe para mim! E que o "senhor Ano Velho" continue semeando seus corações com as lembranças boas que, obviamente, "ele" deixou em todos nós! Grande beijo! Miriam Rose

Fato Verídico 2

Hoje, 07/03/2008. A única coisa em meu corpo que não está doendo são minhas órbitas oculares! Mal posso andar. Digitar está sendo um suplício! Levantar o fone do gancho... UM MILAGRE! Até os pensamentos estão doloridos por isso tento parar de pensar, mas infelizmente isto é impossível pois até dormindo a gente pensa! Hoje é meu segundo dia de academia! Estou propensa a matar qualquer pessoa que diga que esta idéia foi uma das mais salutares que eu poderia ter em minha vida! Pior! Paguei R$ 50,00 por 30 dias! Eu vou! Nem que seja de ambulância, mas eu vou! "Nossa Mi! Vai ser ótimo para você! Faz sim!" – palavras da Cristiane (...eu acreditei) Ontem, 18:30, lá vou eu! Tênis, camiseta, rabo de cavalo, toalha, mp4 (para ouvir músicas e passar o tempo enquanto me exercito). Chegando naquele salão de torturas, encontro um rapaz que seria o meu "trainer", seu nome Maurício... até que me entusiasmei no começo! Tirou minhas medidas (disfarçou muito bem as risadinhas), anotou tudo em um papel e perguntou se eu tinha algum problema de saúde. Nessa hora pensei em inventar inúmeros problemas de saúde como problemas cardíacos, pressão alta, diabetes, HIV, esclerose múltipla e etc, mas resolvi ser sincera e falei sobre a artrite na esperança de que fosse levada em conta na hora de passar os exercícios.... ledo engano! "Vamos começar na bicicleta! Apenas meia hora, ok? Será que você consegue?" – achei que ele tava tirando uma com a minha cara! "É óbvio! Deixa comigo!" – Coloquei meu MP4 e comecei. 10 minutos depois eu estava minando água por todos os poros de meu corpo, inclusive pelos que não existiam. Até meus olhos lacrimejavam! Mas fui firme! 15 minutos depois, já estava tendo dificuldades de me manter em cima da bicicleta. Aquela m... de mp4 ficava caindo toda hora. Maldita hora que resolvi levar aquele aparelhinho! Não sabia se eu me equilibrava ou pegava o infeliz que caía no chão. Ao término de 30 minutos, milagrosamente eu ainda estava viva! Lembrei-me do Wagner que havia dito que seu corpo se acostuma após alguns minutos no mesmo ritmo! O que me consolou foi um menininho de uns 13 anos que parecia uma bolinha pedalando ao meu lado.....hehehehe... eu estava com uma pedalada à frente dele! Quando terminei, sequei a cachoeira que jorrava de mim e busquei com os olhos meu "trainer". Apesar de estar longe, ele não tirava os olhos "MÍOPES" de mim de tal forma que imediatamente se aproximou e disse: "Hummm.... 16 quilômetros! Isso vai melhorar com o tempo!" – MELHORAR COM O TEMPO????? TÁ MALUCO??? 16 QUILOMETROS NÃO SÃO SEIS CENTÍMETROS!.... engoli seco e respirei fundo!!! "Pode ir tomar um pouco de água para continuarmos" Vocês já andaram meia hora de bicicleta? Vocês imaginam o quanto nossas coxas, canelas, pés, panturrilhas e tudo mais que acompanha os membros inferiores amolecem nessas horas? Conseguem visualizar minha dificuldade em descer daquela joça de bicicleta??? O bebedouro estava apenas a uns três metros de distância. Demorei 20 minutos para alcançá-lo! Mais 10 minutos para conseguir me desgrudar dele! Meu "trainer" aproximou-se; "Pronta?" "posso pensar?" – pensei. Mas não disse, somente afirmei com a cabeça. "Então vamos trabalhar os braços" Ótimo! Ele esqueceu minhas pernas! Assim vai ficar fácil! Fomos então para um aparelhinho maluco no qual você se senta e coloca os pés em dois pedais que trazem duas barras para você segurar com as mãos. ATENÇÃO!!! NUNCA RETIREM OS PÉS DOS PEDAIS POIS ELES SOLTAM OS PESOS (15 QUILOS) DAS BARRAS ONDE VOCÊ ESTÁ SEGURANDO!!! Quem avisa, amigo é! Meu "trainer", por exemplo, não é meu amigo! Quando tirei os pés dos pedais, meus braços esticaram uns cinco metros! Acho até que eles estão maiores hoje!.... afinal, é condicionamento físico ou alongamento? "Faça três sessões de 12" (filha da p....!)Fantástico, meus braços já estavam mais do que alongados... vai ser fácil! Primeira sessão foi fácil até o nº 3, as outras 7 necessitaram de um esforço emocional fora do comum e as duas últimas, sinceramente não sei explicar, mas passei a acreditar em telecinese física! Telecinese para quem não sabe é a capacidade de mover fisicamente um objeto com a força psíquica. O objeto eram meus braços, óbvio! Isso explicaria facilmente como consegui terminar a primeira sessão. Quanto as outras duas sessões? Serão questionadas quando eu desencarnar e descobrir os mistérios universais! Gente! Eu até continuaria a descrever meu arsenal de torturas de ontem, mas infelizmente, meus músculos me impedem de continuar digitando.... mas acho que não está tão ruim, para quem começou a digitar às 4h30 da manhã! Finalmente consegui chegar até aqui.... Segunda feira, se eu não vier, já sabem, estarei no crematório de Vila Alpina! Pelo menos morrerei em forma! Beijões..... Mi.....aai!

Fato Verídico

Primeiro episódio de minha vida em 2008! (Fato verídico!) Estava eu me banhando nas águas maravilhosamente imundas da praia de Astúrias com meu bebê Lucas de 1, 83 de altura, brincando de boiar nas ondas do mar no dia 01/01/2008 no intuito de fazer um descarrego, limpar a alma, aliviar o espírito para o início de mais um ano, quando resolvi retornar à minhas cadeiras nas areias da praia para tomar um pouco de sol. Lá fui eu, totalmente molhada, saindo do mar em busca de minhas cadeiras que já não sabia mais onde estavam diante de tantos guarda-sóis espalhados por todos os cantos. Então comecei a ziguezaguear as barracas em busca de minhas humildes cadeirinhas, pois nem guarda sol havia levado. Eis que, em dado momento, ao vislumbrar minhas humildes cadeiras, rapidamente fui circundar as barracas vizinhas em direção ao meu destino. Obviamente não percebi que uma destas crianças amáveis que fazem castelos na areia, havia deixado seus vestígios, ou seja, um pequeno buraco na areia. Sem dúvida que meu pé esquerdo foi de encontro ao pequeno buraco, causando um ligeiro desequilíbrio levando a minha perna também a dobrar-se para a esquerda e conseqüentemente fazendo com que minha bunda pendesse para a esquerda. Neste momento proferi aquela famosa frase: FUDEU! Imagine uma baleia orca de maiô, 2 números menores do que o que ela realmente deveria usar, estatelando-se na areia e levando conseqüentemente mais duas cadeiras, uma mesa e quase um guarda sol do vizinho que só não caiu porque uma alma bondosa segurou (o guarda sol, é claro, porque eu, ninguém segurou!). Acho que as pessoas que estavam no mar devem vislumbrado uma cena inuesquecível: centenas de guarda sóis pularem ao mesmo tempo quando meu delicado corpinho alcançou o chão. Mas existem pessoas boas no mundo, e depois de alguns minutos de risos por todos os lados,um casal muito simpático tentou levantar-me, porém, não tendo sucesso, solicitaram a ajuda de um negão que aceitou prontamente com um pequeno sorriso nos lábios. Quando me levantei, percebi que todo meu lado esquerdo, inclusive o rosto, estava empanado de areia, tornando a situação muito mais hilária e constrangedora ao mesmo tempo . Perguntaram se eu havia me machucado... (Puta que pariu! Lógico!), respondi que não! Que não estava sentindo absolutamente nada e que ficassem tranqüilos. Retornei então para a água na intenção de retirar o empanado do corpo. Tentei o máximo possível não mancar, mas foi inevitável e obviamente todos viram que eu havia mentido e que estava doendo paca! Quando meu bebê me viu voltando, questionou-me o que havia acontecido. Respondi curta e grossa: LEVEI UM TOMBO! Ele quase se afogou de tanto rir. Fiquei então na água do mar por horas a fio na esperança que meus vizinhos de barraca tivessem ido embora. Conclusão: Além de me queimar mais do que devia, ainda encontrei todos os vizinhos que perguntaram se eu estava melhor.....que felicidade! Dizem que quando a gente leva um tombo muda de vida. Com esse tombo acho que vou ficar trilhonária!!!!....rsrsrs Beijos Miriam