segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Homenagem aos meus três gatos.

Outro dia estávamos falando de animais lá no serviço. Minha amiga comentou de uma pessoa que havia perdido sua cadela Beagle num atropelamento e o quanto foi difícil para ela passar por isso. Lembrei dos meus gatinhos. Curiosamente nesse mesmo dia, meu filho perguntou se o Sebastian (para quem não sabe, Sebastian é o nome do gatinho viralatas de 2 meses que adotei há mais ou menos 1 mês) agora seria meu gato predileto. Olhei profundamente em seus olhos e disse: "Se um filho morrer, não existe outro filho que consiga substituir aquele que se foi! O amor não se divide nem é substituído. Ele apenas multiplica! Soma! Entendeu?", foi o bastante para que ele entendesse. Em 2006 eu vivia cercada de três gatinhos. O Cristal, um gatinho viralata preto e branco peludo com olhos verdes que tinha 06 anos. O Bingo, outro gatinho viralata cinza malhado com olhos verdes também e com 03 anos e o Xinho, um gatinho angorá (não era viralata) amarelo e branco que tinha 15 anos (o mais velhinho de todos). Cada um deles tinha uma característica diferente. Os três dormiam comigo na cama. O Cris, sempre dormia do lado esquerdo nos pés da cama, o Bingo dormia em cima de mim no meio das minhas pernas sobre o cobertor e o Xinho ficava do lado direito mais próximo à cabeça. Foi em Junho de 2006 que tive que abrir mão dessas criaturas tão amadas! Diz um ditado que "Chorar por alguem que está morto, não é tão triste do que chorar por alguem que vive, mas que perdemos para sempre", e isso é muito real. Perder o que se ama por alguem que também se ama e muito! Este foi um dos momentos mais difíceis de toda a minha vida! De um lado meu filho internado na UTI do Hospital 9 de Julho em coma e entubado. Do outro, meus três gatinhos, verdadeiros companheiros de minha jornada tendo os dias contados dentro de minha casa. Das duas vezes que estive em casa durante a internação, eles nem imaginavam que teriam de deixar a minha casa , a casa deles. Isso me doía fundo na alma, pois, apesar de tudo, eles ainda me amavam, me acarinhavam, me lambiam sem nem sequer imaginar que dentro de uns dias jamais me veriam novamente e nem eu à eles! Fiquei sabendo que o Xinho faleceu. Até hoje me pergunto se ele não estaria vivo caso ainda vivesse comigo. Quanto ao Cris e ao Bingo, eu não sei! Tenho medo de perguntar e saber que ambos morreram também pois com certeza meu coração não aguentaria o peso da culpa por te-los deixado. Jamais o Sebástian poderá substituir minhas três vidas que se foram! Ele é apenas mais uma vida que começa a pulsar em meu coração. Quanto aos outros, só peço à Deus todas as noites que tome conta deles e não os deixe sofrer! Deixe que o sofrimento fique em mim, pois eu sei que posso aguentar, não eles!
Mi

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