terça-feira, 16 de março de 2010

Meu pé esquerdo!

Como não era de se esperar, aquele mau perfurante plantar do pé esquerdo ressuscitou no dia 02 de janeiro de 2010 depois de uma 1 hora e meia de caminhada descalça sob o sol de 37 graus nas areias e no asfalto da praia de Astúrias do Guarujá. Óbvio que eu ouvi um monte de minha mãe que, como eu, contava que esse problema já estivesse literalmente morto e enterrado. Com o astral um pouco abatido, terminei meus dias no Guarujá ainda confiante de que fosse apenas um mal passageiro e que em breve o ferimento fecharia e tudo voltaria ao normal. DOCE ILUSÃO! Hoje é dia 16 de março, ou seja, já faz quase 2 meses que o ferimento persiste e ontem fui contemplada com uma consulta no médico que realmente me deixou preocupada. Em maio do ano passado comecei a ter alguns formigamentos no pé esquerdo que não me preocupavam muito, afinal eram apenas formigamentos, nada mais. Como não doía, não me preocupava, até que finalmente em um determinado dia houve um formigamento, adormecimento e finalmente uma total insensibilidade no pé esquerdo que dura até hoje. Isso resultou em uma Eletroneuromiografia, que, em outras palavras, significa: Um EXAME FILHA DA P.... onde algumas descargas elétricas são descarregadas em locais do seu corpo para ver se existe ou não sensibilidade nessas partes. Depois desse ADORÁVEL EXAME onde eu xinguei até a quarta geração da mãe da criatura que me deu os choques, descobriram que eu estava com uma lesão no nervo tibial de média à grave intensidade no pé esquerdo (ou seja: FUDIDA). Diante disso, fui avisada com todas as letrinhas por meu médico ontem que a maior causa de amputamentos de pé, é a falta de sensibilidade plantar uma vez que não se sente a dor, conseqüentemente, não se percebe o problema e inevitavelmente agrava a doença. Admito que meu médico foi bastante esclarecedor e sucinta! Além disso, ele gentilmente me avisou que os sapatos que eu uso são péssimos! Que não sentir o pé é um absurdo. Que existe uma grande chance de fazer uma cirurgia e retirar o osso do dedinho mínimo, mas que eu fique tranqüila, pois ele poderá manter o dedinho sem o osso por uma questão de estética.... mas, que se eu tivesse diabetes o dedinho iria embora mesmo... Contando isso para meu filho Tiago, descobri que o dedinho mindinho não faz diferença nenhuma no pé e que segundo a Lei da Evolução, em breve o dedinho será descartado do corpo humano, como tem sido com o dente do ciso! Essas informações me confortaram por demais! Fiquei feliz de saber que posso perder um osso sem perder o dedinho! Não é demais? Só fico imaginando como que o dedinho ficará no lugar sem o osso?! Será que ele não ficará ligeiramente caído? Afinal não haverá mais uma estrutura óssea que mantenha o bichinho em seu lugar.... Fico imaginando um dedinho molenga, totalmente desossado pendurado no pé como uma bexiga vazia. Bem, enquanto isso não acontece, estou usando um ROBOFOOT que é uma bota ortopédica que faz a vez de um gesso. Super simpática! Azul e preta! Meu caminhar está elegantérrimo! Três velhinhos levantaram simultâneamente no ônibus quando eu entrei para me deixar sentar!!! Eu acho que chamei a atenção deles! Pareço um ROBOCOP. Agora é só alegria.... só não sei pra quem?!!!

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