terça-feira, 16 de março de 2010

Poema

Sentidos Começo a pensar na existência Um homem, seu tempo, seu destino. Meia vida para trás sofrida, feliz, vivida. Caminho lento, mas cauteloso. O que me aguarda? Um coração cheio de mazelas, Cicatrizes de um tempo passado. Feridas de um tempo presente Todas se curam, se depuram. Sabedoria e emoção se confundem, Razão, afeto, pressão! Meio século passado com sementes... Uma semente que germinou Fruto que nasceu e cria sua própria árvore. Tão longe de mim! Tão distante! Tão doído! Lembranças que o trazem para perto de mim. Linda árvore! Quanto orgulho de sua altivez! Quisera eu ser uma de suas flores... E estar acolhido em seus galhos seguros! Outra semente germina... Um início de esplendorosa árvore futura. Ainda sem frutos nem flores. Só o pulsar da vida em seu coração miúdo. Semente que o tempo me afasta, Obriga-me a vigiar de longe. Distante... Quanta dor! Saudades! Pequena semente de alegria Que inunda minha vida de luz Mas tempo não destrói o amor Só o aumenta, o engrandece! O faz forte! E esse mesmo tempo os trarão: Arvore e semente Próximos a mim, Acalentados em minhas asas Cansadas de voar, Mas incessantes em viver! (para alguém especial)

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